Outubro 27, 2017
A ANCIA realizou as suas Jornadas Técnicas no dia 25 de outubro de 2017, no Auditório Joaquim José da Cunha (ISCA) da Universidade de Aveiro.
Nestas jornadas foram abordados e discutidos temas de elevado interesse para o setor:
Assim como contou uma intervenção de Elizabete Jacinto, Piloto de Competição, com o tema “Competir com máquinas, vencer com pessoas”.
O nosso agradecimento a todos os participantes nestas jornadas, nomeadamente, aos ilustres representantes da AMT, IMT I.P., GNR, PSP, Associações, Entidades Gestoras de Centros de Inspeção e, em particular, aos Associados da ANCIA e aos seus profissionais que, numa manifestação de vontade e empenho em se manterem permanentemente atualizados, marcaram presença nestas jornadas.
Uma palavra especial de agradecimento a todos os oradores pela disponibilidade demonstrada e pela elevada qualidade técnica das suas intervenções, assim como às empresas que apoiaram a realização deste evento.
Foi neste quadro que se realizaram as Jornadas Técnicas deste ano, apresentando-se, de seguida, as seguintes conclusões:
Conclusões
1. O mercado português de veículos elétricos e híbridos representa cerca de 0,2% do parque mundial (dados 2016), tendo sido abordadas as vantagens e desvantagens associadas a estes veículos, assim como o facto do aumento da penetração destes veículos depender, entre outros fatores, do alargamento da infraestrutura de abastecimento e do apoio concedido à mobilidade elétrica.
Em termos de autonomia destes veículos, torna-se necessário melhorar a autonomia das baterias através do aumento da sua densidade energética, assim como melhorar a rede de postos de abastecimento. No âmbito dos custos para o utilizador, concluiu-se que se torna necessário massificar a produção e melhorar a tecnologia para reduzir o custo dos veículos e das baterias, assim como se torna fundamental que, até se verificarem economias de escala na produção e novos avanços tecnológicos, continuem a ser concedidos incentivos governamentais.
2. No âmbito da intervenção sobre a mobilidade inteligente e sustentável foram abordados os impactos dos sistemas de transportes, designadamente as emissões dos veículos, que incluem poluentes nocivos à saúde (ex: NOx), e o seu impacto na poluição atmosférica, assim como estratégias para a redução dos gases de efeito de estufa (GEE).
Os combustíveis derivados do petróleo continuarão dominantes nas próximas décadas, tendo-se assistido nos últimos anos a uma tendência de viragem no que se refere à utilização da eletricidade no transporte rodoviário, tendo-se concluído que uma mobilidade sustentável e inteligente implica uma integração de várias medidas no âmbito da alteração comportamental e da tecnologia associada aos veículos e aos sistemas inteligentes de transportes, tendo sido referido o papel dos centros de inspeção e a sua preparação para o futuro.
3. Na intervenção sobre as especificidades das arquiteturas dos veículos elétricos e híbridos Plug-In, foram identificados como pontos fracos: a autonomia, a rapidez da recarga e o custo, assim como foram explicadas as principais arquiteturas destes veículos: Tradicional com MCI, HEV, PHEV (paralelo e série), BEV e Mild Hybrid.
Reiterou-se que os níveis de emissões só podem ser eficazmente reduzidos com uma diminuição drástica no consumo de energia de origem fóssil e que a ligação do sector dos transportes ao petróleo tem que ser mitigada e isso implica um novo paradigma energético que seja simultaneamente: mais eficiente; sustentável e compatível com um futuro assente em energia renovável.
4. Na intervenção sobre a visão técnica dos veículos híbridos e elétricos, foram salientadas algumas precauções de segurança antes de inspecionar ou realizar algum serviço no sistema de alta-tensão destes veículos, tendo sido identificados como pontos importantes: os cabos de carga rápida, o núcleo de aquecimento, os cabos do motor, o gerador de som e o estado das fichas de carregamento, num contexto em que, sem prejuízo do veículo elétrico requerer menos manutenção comparativamente com o motor de combustão, estes veículos irão continuar a ter elementos que requerem manutenção. O veículo elétrico tem um futuro promissor e os centros de inspeção devem estar preparados para este desafio.
Apresentações
Evolução do parque de veículos elétricos e híbridos no mercado português e políticas de incentivos para a sua utilização (António Cavaco, ACAP)
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Mobilidade Inteligente e Sustentável: Tendências, desafios e oportunidades (Margarida Coelho, Universidade de Aveiro)
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Competir com máquinas, vencer com pessoas (Elisabete Jacinto, Piloto de Competição)
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Especificidades das arquiteturas dos Veículos Elétricos e Híbridos Plug-In (Joaquim Delgado, Escola Superior de Tecnologia de Viseu)
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Veículos Híbridos e Elétricos – Uma visão técnica (Francisco Gomes, CEPRA)
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