Setembro 27, 2019
A ANCIA associou-se mais uma vez à GNR e à Associação Estrada Mais Segura para assinalar o Dia Europeu Sem uma Morte na Estrada, a 26 de setembro. O evento teve lugar na Biblioteca Municipal de Oeiras e contou com a participação dos principais responsáveis dos organismos com responsabilidades na prevenção dos acidentes nas estradas.
«Somos todos mais vulneráveis do que pensamos» foi o lema deste ano no Dia Europeu Sem uma Morte na Estrada, frase que relembra que «na estrada podemos ser todos vítimas da nossa própria fragilidade, porque na verdade não há super homens, nem super carros, nem super heróis indiferentes ao risco e imunes aos acidentes», diz Paulo Areal, presidente da ANCIA.
Segundo os números do último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) relativo às vítimas a 30 dias, o número de mortes na estrada em Portugal subiu de 602 vítimas em 2017 para 675 vítimas em 2018. De acordo com Paulo Areal «este crescimento expressivo da mortalidade não deve ser apenas um facto noticiável, deve ser entendido também como uma alerta e um pedido de ajuda.»
Do ponto de vista da ANCIA, o próximo governo tem de dar maior importância a este aumento dos números da sinistralidade rodoviária, deve responsabilizar-se e assumir o problema. Aos partidos que ganhem lugar no próximo parlamento, Paulo Areal pede que «declarem o seu apoio a políticas concretas de prevenção com recursos de comunicação capazes de fazer ouvir a voz da razão aos condutores de viaturas».
Aos cidadãos Paulo Areal pede que «cada um faça um pouco para que haja uma melhoria nas condições de circulação», e confessa que «o objetivo de atingir zero mortes todos os dias do ano é muito ambicioso. O que pretendemos é que se sensibilizem as pessoas, se identifiquem os problemas e se criem as melhores metodologias para que se possam atingir os objetivos da Comissão Europeia até 2050, que é chegar aos zero mortos.»
O presidente confessa que os resultados alcançados em anos anteriores mostram que somos capazes de reduzir a sinistralidade rodoviária e de inverter os números com novas medidas de segurança rodoviária, associadas ao empenho e participação de todos.
Para Paulo Areal estes seminários servem não só para ver as lacunas que existem e que é preciso agir, mas também servem para ver que «o Estado não tem cumprido o seu papel, apesar dos planos de segurança rodoviária, das campanhas e dos estudos estratégico».
O dia terminou com um apelo, Paulo Areal pede que a Segurança Rodoviária passe a ser uma prioridade dos partidos e do Governo em Portugal.