Entrevista ao vogal do Conselho Diretivo do IMT Pedro Silva

Setembro 27, 2022

Campanhas Zero Mortos Na Estrada

A campanha de sensibilização rodoviária, “Menos Riscos, Mais Vida.”, apela a condução segura e responsável e é promovida em Portugal pela ANCIA – Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel, em parceria com a GNR – Guarda Nacional Republicana e PSP – Polícia de Segurança Pública. Em entrevista, o vogal do Conselho Diretivo do IMT, Pedro Silva, afirma que “o único número aceitável de vítimas mortais na estrada é zero. “

No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, de 16 e 22 de setembro, cerca de quatro dezenas de entidades nacionais com responsabilidades diretas e indiretas na segurança rodoviária mobilizam esforços coordenados de sensibilização com vista a propagar apelo “Zero Mortos na Estrada Todos os Dias”.

Este ano, para a campanha “Zero Mortos na Estrada todos os dias”, a ANCIA reuniu representantes de entidades nacionais do setor da Segurança Rodoviária para um apelo a uma condução segura e responsável. O IMT é uma das entidades envolvidas na organização da campanha e acredita que estas ações de sensibilização são muito importantes para chegar junto dos condutores portugueses e apelar a uma condução segura e responsável.

Em entrevista, o vogal do Conselho Diretivo do IMT, Pedro Silva, aborda questões como a mobilidade suave, condução autónoma e a importância das ações de sensibilização junto dos mais jovens.

 

Leia aqui a entrevista completa:

Zero mortes na estrada está mais perto de ser verdade?

Pedro Silva (P.S.): Eu diria que é um grande desafio. Mas o único número aceitável de vítimas mortais de facto na estrada é zero. É um desafio, é uma meta muito difícil de alcançar, mas acredito, sinceramente que sim, que iremos conseguir.

A condução autónoma pode acabar com os sinistros rodoviários?

Pedro Silva (P.S.): A maior parte dos estudos converge que mais de 90% dos acidentes rodoviários têm como causa o fator humano. Portanto a tecnologia que está subjacente à condução autónoma será, sem dúvida nenhuma, para diminuir o número de vítimas mortais.

A mobilidade suave também é perigosa?

Pedro Silva (P.S.): A mobilidade suave visa também tirar da estrada o maior número de veículos, racionalizar a utilização do veículo individual e portanto nesse sentido também contribuir para a redução da sinistralidade rodoviária.  Naturalmente existem riscos associados porque há uma partilha de espaço, entre modos diferentes, mas temos de pugnar todos por uma sã coexistência e partilha do espaço entre todos os meios de transportes.

A intervenção do IMT ajuda a reduzir cada vez mais o número de mortos nas estradas portuguesas?

Pedro Silva (P.S.): Naturalmente que sim, embora o IMT seja apenas um dos players que concorre para a segurança rodoviária. No entanto, a missão do IMT é também, é a ordem precisamente a diminuir a sinistralidade rodoviária. De que forma? Pensando em infraestrutura rodoviária, planeando a mobilidade urbana e também assegurando uma melhor formação e certificação dos condutores

No primeiro trimestre de 2022, o maior aumento na sinistralidade registou-se nos condutores de idade inferior a 25 anos. Acredita que seja possível apostar em mais iniciativas de sensibilização para os jovens condutores?

Pedro Silva (P.S.): De facto os estudos que existem ou os dados que existem dizem-nos que na faixa etária dos 18 aos 24 anos, a probabilidade de morte de um jovem é 30 % superior á das restantes faixas etárias. Nós não podemos nos dar ao luxo de perder os ativos que são os nossos jovens, que são os cidadãos do futuro. E cada vida é uma vida que se perde, é uma família que fica destruída e isso não tem preço mas para nós é um flagelo que tem de ser erradicado.

Assista aqui ao vídeo completo:

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