Entrevista Ana Tomaz, Vice Presidente ANSR

Setembro 13, 2022

campanha Zero Mortos na Estrada 2022

Cerca de quatro dezenas de entidades nacionais mobilizam esforços coordenados de sensibilização com vista a propagar apelo “Zero Mortos na Estrada Todos os Dias”. Em entrevista, Ana Tomaz, vice presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária afirma que “toda a nossa sociedade deve de combater a sinistralidade rodoviária.”

Este ano, para a campanha “Zero Mortes na Estrada todos os dias”, a ANCIA reuniu representantes de entidades nacionais do setor da Segurança Rodoviária para um apelo a uma condução segura e responsável.

A ANSR é uma das entidades que marca, todos os anos, presença assídua nesta campanha, que considera ser de grande importância. A entidade afirma que as campanhas de sensibilização que apelam a uma condução segura, atenta e que cumpre o código da estrada, são uma parte chave no grande plano de conseguir reduzir o número de mortes causadas por sinistros rodoviários para zero.

Em entrevista à ANCIA, Ana Tomaz, vice presidente da ANSR, declara que para atingir este objetivo é preciso unir forças e os parceiros devem de trabalhar em conjunto para que seja possível alcançar a meta final, “se todos nós fizermos a nossa parte, iremos atingir zero mortos na estrada.”.  Refere ainda que, ao contrário do pensamento da sociedade, “morrer ou ficar gravemente ferido na estrada não é uma inevitabilidade.”.

 

Leia a entrevista completa

Zero mortes na estrada está mais perto de ser verdade?

Ana Tomaz (A.T.): Zero mortos na estrada tem de ser verdade. E este tem de ser o compromisso de toda a sociedade pois cada vida que se perde na estrada, cada pessoa que fica gravemente ferida, não é um número, não é uma estatística, é uma família que fica permanentemente enlutada. É alguém que partiu cedo demais e, portanto, esse é o único número aceitável.

A condução autónoma pode acabar com os sinistros rodoviários?

A.T.: Todos os dispositivos, todas as novas tecnologias dão um contributo fundamental na redução da sinistralidade. A União Europeia acredita que os veículos equipados com todos estes novos dispositivos vão salvar 25 mil vidas até 2038 e este é efetivamente um passo fundamental para o nosso objetivo de zero mortos na estrada.

A mobilidade suave também é perigosa?

A.T.: Não, o sistema de mobilidade não tem de ser mais perigoso, não tem que ser menos seguro que os outros sistemas de mobilidade. O sistema rodoviário tem  é de estar preparado para isso.

A intervenção da ANSR ajuda a reduzir cada vez mais o número de mortos nas estradas portuguesas?

A.T.: A ANSR sozinha, por si só, não consegue diminuir o número de mortos na estrada. Porque o combate à sinistralidade rodoviária é feito de uma forma holística, partilhada, em conjunto, pelos vários intervenientes que têm responsabilidade na matéria. A ANSR aqui tem um papel aglutinador, estamos a desenvolver uma estratégia para esta década, a visão zero 2030 precisamente muito aberta a toda a sociedade, com um conjunto de intervenientes porque é assim que se combate a sinistralidade rodoviária.

Terminado o primeiro trimestre de 2022, qual o balanço que faz do período homólogo em 2021?

Quando nós comparamos o primeiro trimestre de 2022 com 2021 ou mesmo com o ano 2020, que foram anos atípicos, anos da pandemia, houve um aumento, quando comparamos com esses anos da sinistralidade rodoviária. Mas quando comparamos com 2019, os números ainda estão inferiores a esse ano, quer o número de vítimas mortais quer o número de feridos. As campanhas logicamente de sensibilização têm um papel fundamental para alertar toda a sociedade.

 

Assista aqui ao vídeo da entrevista:

 

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