Agosto 29, 2019
A ANSR acaba de atualizar os dados de sinistralidade rodoviária relativa a 2018, com a publicação do seu Relatório de Sinistralidade Rodoviária relativo às vítimas a 30 dias. O relatório regista um brutal aumento do número de mortos – de 602 vítimas em 2017 para 675 vítimas em 2018 – facto que deixou o setor das inspeções automóveis em verdadeiro choque, dada a dimensão da tragédia para centenas de famílias portuguesas.
A ANCIA tem apostado nos últimos anos na dinamização de ações que chamem a atenção e mobilizem responsabilidades contra a sinistralidade rodoviária em Portugal, dado ser evidente que, após uma evolução marcada pelo decréscimo de sinistros e vítimas, o País voltou a uma tendência negra e aflitiva de crescimento do número de acidentes e mortes nas estradas.
No quadro de uma responsabilidade social voluntariamente assumida, a ANCIA tem procurado posicionar- se como parceira ativa de todas as entidades públicas e privadas que lutam contra a sinistralidade rodoviária, incentivando a cooperação e o investimento coordenado em ações conjuntas que visem alterar radicalmente a tendência em curso.
Face aos números agora reportados pela ANSR, entende a ANCIA que se justificaria um tratamento
excecional destas matérias no plano político, incentivando todos os partidos de governo a incluir nos seus programas eleitorais disposições e promessas de ação política que garantam, pós eleições, uma ação efetiva no controlo do fenómeno das mortes rodoviárias em Portugal.
Do ponto de vista simbólico e como sinal de compromisso para uma ação futura suportada em consenso alargado de responsabilidades partidárias partilhadas, seria importante que os líderes das principais forças
políticas proferissem declarações claras e construtivas sobre este tão pertinente tema.
Entende a ANCIA que é urgente concentrar os esforços de prevenção e repressão em alguns fenómenos específicos que, pela sua específica natureza e perigosidade, constituem uma ameaça aos objetivos de fazer diminuir as perdas de vidas e os danos de saúde provocados pela sinistralidade rodoviária em Portugal.