Novembro 22, 2018
O painel foi composto por seis intervenientes, incluindo o moderador Paulo Areal, Presidente da ANCIA, que lamentou o facto de as ideias apresentadas nestes debates não conseguirem, na maioria das vezes, ser desenvolvidas.
“A ANCIA debate-se muito com este problema, que é apresentar os problemas, muitas das vezes até apresentar algumas metodologias para a sua solução, mas depois esbarra aí porque não tem competências para legislar.”
Um dos assuntos que se assumiu como um ponto assente entre os intervenientes foi a necessidade da obrigatoriedade das inspeções em todos os veículos que circulam na estrada.
A temática das motas foi abordada mas o ex-Diretor Geral de Viação, António Nunes, relembrou que hoje em dia existem outros veículos que circulam sem serem devidamente inspecionados, como é o caso dos Tuk Tuk.
Com a plateia recheada de jovens mentes ficou claro que as inspeções e a proteção do ambiente devem estar devidamente interligadas. Contudo, na sugestão da necessidade de inspeções intercalares para o controlo da emissão de gases poluentes a Associação Zero tem outra perspetiva.
“É mais prioritário neste momento garantir que um veículo que vai à inspeção respeita a conformidade em que foi feito, nomeadamente, ter regras para a opacidade que permitam detetar se o veículo tem filtro de partículas ou ter equipamentos que permitam verificar se não está a emiti-las e fazer a mesma coisa em relação a outros gases. Acho que isso era mais prioritário do que ter mais inspeções”, referiu Francisco Ferreira, Presidente da Direção da Associação Zero.
O debate foi enriquecido com as intervenções dos convidados António Nunes (ex-Diretor Geral de Viação), Rogério Pinheiro (Diretor Geral de Viação), Nélio Gomes (Presidente do Observatório de Bombeiros de Portugal) e João Veiga (Diretor Técnico da Controlauto) que trouxeram à conversa assuntos de alto interesse para a segurança rodoviária.