Novembro 13, 2018
A Convenção da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), subordinada ao tema “Não é o fim do negócio… É sim, um novo começo!”, contou com a presença do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, na sessão de abertura, e com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Gomes Mendes, na sessão de encerramento.
A ANCIA fez-se representar por Carlos Santos, vice-presidente, e por Gabriel Almeida e Silva, secretário-geral da associação.
Na convenção foram ouvidos diferentes especialistas sobre assuntos relacionados com o tema em debate. O economista Augusto Mateus interveio com um discurso sobre “A economia e o automóvel…. Como foi? Como será?”, seguido depois por David Moneo, diretor da Motortec Automechanica Madrid 2019.
Na sessão sobre “Comércio Automóvel em disrupção. Que futuro?” foram discutidos temas relacionados com o impacto das vendas online nos comerciantes de veículos novos e usados, a neutralidade fiscal preconizada pela Comissão Europeia, a eventual criação de novos impostos de matrícula e circulação e a sua compatibilização, incidentes sobre os veículos elétricos e híbridos além de se discutir sobre os benefícios fiscais de estímulo às vendas e o futuro do mercado diesel.
No segundo dia da Convenção foram debatidos temas relacionados com o futuro da reparação automóvel, podendo-se concluir que, com a aceleração da tecnologia, as mudanças serão mais rápidas e o setor deverá adaptar-se a esta mudança. Foi ainda apresentado o projeto Caruso, que consiste numa plataforma central de serviços e dados que liga oficinas, fabricantes, sistemas de gestão de frotas e de leasing, seguradoras e outros players do setor, tendo ainda sido abordada a legislação europeia e-call:
No âmbito do tema “As tecnologias de informação são inevitáveis. Como lidar com elas?”, foram abordados e discutidas temáticas específicas como de que forma estão as tecnologias de informação revolucionar a ligação do sector com os clientes, fornecedores, viaturas, etc.
Sobre o tema “Mobilidade – Que papel está reservado ao Automóvel?” concluiu-se que Portugal, ao contrário de outros países europeus, ainda tem uma visão conservadora do veículo. Nas grandes cidades, verifica-se uma maior valorização da utilização do veículo e, fora das grandes cidades, a valorização incide na posse do veículo.
No futuro, vão existir menos veículos a circular, mas os que circulam vão percorrer mais quilómetros, e o automóvel será cada vez mais encarado como um serviço e não como um bem.